Para Tânia Mills, sócia-diretora da Art Unlimited, as obras de Piero Manzoni traduzem o inexplicável sentido da arte

4.Piero Manzoni_Merda d'Artista n.58, Maggio 1961_foto Agostino Osio

Foto: Agostino Osio

O trabalho inusitado e ousado do jovem artista plástico italiano Piero Manzoni  (1933-1963), em cartaz no Museu de Arte Moderna (MAM), provoca no público uma reflexão comum a muitos críticos: a arte é algo inexplicável. É exatamente assim que Tânia Mills, sócia-diretora da Art Unlimited descreve o trabalho do artista. “Ao observar as obras de Piero Manzoni, relembro o pensamento do respeitado curador italiano Germano Celant: ‘a obra de arte não se explica, apenas é’”.

Polêmico, Piero Manzoni produziu obras inusitadas e ousadas, como ovos cozidos com suas impressões digitais, o “sopro” do artista num balão, pedestal que transforma pessoas em obras de arte, entre outros. Experimentou diversos pigmentos e materiais. Alcançou a fama, principalmente, pela ousada série “Merda d’Artista”, em que defecou em 90 pequenas latas e as etiquetou.

O artista foi considerado um pioneiro pesquisador de novos materiais sintéticos, que utilizou na sua importante série de trabalhos monocromáticos intitulada de “Achromes”. Manzoni, mais que qualquer outro artista, representa a jovem vitalidade que buscava novas direções para a arte numa Itália e Europa culturalmente traumatizadas pela guerra.

A Mostra  pode ser visitada até o dia 21 de junho, de terça a domingo, das 10 às 18 horas (com entrada até às 17h30). O ingresso para o MAM custa até R$ 6,00. Aos domingos a entrada é livre.

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