Fotografias: © Divulgação Art Unlimited

MONDRIAN

E O MOVIMENTO DE STIJL

Piet Mondrian nasceu em 1872 em um ambiente protestante. Seus primeiros trabalhos realizados até 1908, que constituem a maior parte de sua obra, são pinturas figurativas um tanto tradicionais. Como os movimentos modernistas internacionais foram absorvidos relativamente tarde e em rápida sucessão na Holanda, Mondrian primeiramente sofreu influência dos pintores pós-impressionistas Vincent van Gogh, Jan Toorop, Georges Seurat e Paul Cézanne, assim como do cubismo de Pablo Picasso entre 1908 e 1911. O resultado foi uma técnica mais ousada, uma paleta mais clara e uma abordagem cada vez mais sistemática em sua obra. Entre 1912 e 1914 o artista residiu em Paris, onde assimilou o vocabulário cubista que o impulsionaria em direção à abstração completa em 1917.

A partir de então, sua ênfase recaiu sobre a interação dinâmica e puramente relacional entre verticais, horizontais e planos coloridos. Por meio de tais relações efêmeras, Mondrian reinterpretou as formas esféricas em termos de um jogo dinâmico entre forças interiores e exteriores, percebendo analogias mais profundas com oposições entre energia e matéria, espaço e tempo. De Stijl foi fundada em 1917 como revista, tornou-se movimento de arte e terminou como uma ideia que se infiltrou no próprio tecido da cultura moderna. Desenvolveu-se uma rede: a parceria entre artistas, arquitetos e designers seria o antídoto ao individualismo da época. A abstração radical revelaria o moderno e transformaria a vida em arte. Não era uma organização rígida e hierárquica e facilmente adquiriu dimensão internacional. A publicação foi fundada pelo escritor, crítico de arte, poeta e artista Theo van Doesburg. Sua intenção era reunir o que havia de mais moderno em termos de arte, arquitetura, ofícios, música e literatura a cada mês.

Conceito fundamental no De Stijl, a plástica adquiriu significância quase que religiosa com o termo neoplasticismo, cunhado por Piet Mondrian. A partir de 1917, ele fez experimentos em suas pinturas com elementos lineares horizontais e verticais e planos de cores primárias chapadas, combinadas com branco, cinza e preto, em busca da essência da beleza que chamou de plástica. A agenda tipicamente modernista considerava a arte mais recente como consequência lógica de tudo o que havia acontecido antes. O potencial radical da arte e da arquitetura anunciava uma sociedade futura, aberta e receptiva a mudanças. As pinturas abstratas de Mondrian eram o modelo da nova consciência. Ao contrário do Bauhaus, movimento que mudou radicalmente o design alemão nas décadas de 1920 e 1930, os artistas do De Stijl não buscavam a padronização. Eles se empenhavam em encontrar soluções específicas e desafiadoras para determinadas pessoas, espaços ou circunstâncias, tanto na arquitetura como no mobiliário ou na pintura. De Stijl foi a mais importante contribuição da Holanda para a cultura global do século XX.

Locais e datas de realização:

Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo – 25 janeiro a 4 de abril de 2016

Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília – 21 de abril a 04 julho de 2016

Centro Cultural Banco do Brasil, Belo Horizonte – de 20 de julho a 26 de setembro de 2016

Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro – 11 de outubro de 2016 a janeiro de 2017

Público:

CCBB São Paulo: 155.000

CCBB Brasília: 266.595

CCBB Belo Horizonte: 154.771

CCBB Rio de Janeiro: 516.584

 

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Audiovisual:

Material Gráfico:

Design: Marina Ayra + Mariana Afonso

Fotos: Paulo VP, Helio Montferre, Alexandre Mota, Paulo Jabur

* SELECIONADO PARA A 5ª EDIÇÃO DA BIENAL IBEROAMERICANA DE DESIGN (BID-2016)

* BRONZE NO LATIN AMERICAN DESIGN – LAD AWARDS 2016

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